Devemos conhecer cada pedacinho do nosso corpo ele é nossa morada. Se não temos posse do próprio corpo, falta-nos confiança. O ato de tocar contém elementos fundamentais para o desenvolvimento do ser humano. Os bebês sempre apresentam comportamentos com a finalidade de manter o seu contato com a mãe. Quando o bebê é frustrado nesta busca de contato acaba por valer-se de outros recursos, tais como chupar seus dedos, agarrar parte de si mesmo, balançar-se. Estes comportamentos são uma regressão à estimulação pelo movimento passivo que experimentou na vida intrauterina. Os seres humanos se tornam adultos ternos, amorosos e carinhosos na medida em que recebem muitos cuidados em seus primeiros anos de vida.
O toque é consequência do equilíbrio psicomotor. O corpo aprende pela experiência.
Tocar é uma maneira de comunicação e a criança aprende a entender e diferenciar toques.
Quando a pele recebe um estimulo, logo as informações são enviadas através das fibras nervosas, dizendo se aquele toque foi prazeroso ou doloroso.
Podemos estimular as crianças e bebês através de massagem com toque leves e aos maiores apresentar todas as partes do corpo tocando e ajudando ele a se tocar e explorar cabeça, orelha, olhos, nariz, boca, ombros, braços, mãos, dedinho por dedinho (trabalhando os movimentos das articulações, abre fecha, dobra estica) tronco, pernas, pés e dedos. Além de uma brincadeira gostosa, as crianças aprendem a se conhecer e ter mais autoconfiança.
Aproveite o tempo com seu filho e trabalhe o toque com carinho. Permita ser tocado por ele, essa troca gera um vínculo maravilhoso entre as crianças e os pais. Não tem idade nem contra indicação para uma troca carinhosa de afeto.
“A existência de um universo na ponta dos dedos carrega a tarefa do tocar. É através e principalmente com estimulação tátil da primazia do "com-tato" que se acorda o bebê para sair de dentro de sua pele.” (trecho livro Com-Tato o despertar da primeira infância - Adriana Murakami)
Debora Pacini Petti
Fisioterapeuta
Crefito3- 107322 F
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